segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fossa de Babel Episódio 26


Um dia deram-me forro polar azul com letras laranjas. Disserem-me que era transmitido ao dono como uma espécie de insígnia de mérito pelos serviços à cooperação.
EU tenho uma dada por alguém que não interessa quem pode se meter em problemas por ter dado a insignia ou então isto tudo não deixara de passar um mito dos business man.
Eu recordando um amigo meu agradeço está frio e o forro polar é bom embora estale um pouco em electricidade estática. Mas já chega de brincadeiras matinais.

sábado, 28 de novembro de 2009

Desapontamentos 0020

Sou o poeta das petas
que fazem lagrimas cair
asas de borboletas
em chamas de existir
algumas são de bondade
por apenas diversão
outras são de maldade
nasci com esta maldição
mas já aprendi uma coisa
nesta vida que levei
mentiras só piedosas
pois o coração é o rei

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Anotações 011

Deitada na cama meia nua, entre-coberta com a roupa de dormir deixando no ar o elixir do amor dissolvo a imagem na chávena de chá preto forte para não me esquecer da masculinidade, não é um acto de onanismo, apenas saudade de me sentir homem a 100º que não tem só a ver com isso mas também.
Também poderia "desfolhar" o livro da meninas nuas que fumam mas apenas me iria confundir os sentimentos e o sangue poderia inverter o caminho e ainda é mais difícil lidar com a situação.
Sorvo mais um gole e fumo o quente do vapor desenhando mulheres cintilantes que se evaporam talvez um dia encontre uma de verdade, se é que eu sou de verdade...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Para os dias que se avizinham!

Fossa de Babel Episódio 25



As tristezas são um dia; mais longas que o Carnaval...e vou assobiando no chuveiro enquanto penso nisso ou um pouco antes...penso eu.
Estou tão desordenado como o mar nos últimos dias vigoroso mas sem rumo, um pouco um touro perdido na arena (com direito a lágrimas e tudo) mas isto passa.
Na verdade nem sei porque é que ainda penso em algumas coisas não fosse um gajo estar distraído e lá vir mais um engraçado espetar a faca nas costas e deixar uma pessoa a verter momentos para a máquina que filtra memória e nos castiga sempre que possivel com o episódio.
Enrola-se um cigarro (desculpem o mau vício) com o movimento das ondas, mas sabe bem comer fumo como se algodão doce fosse e sonha-se com um ponto final da situação sabendo que vai ser um pouco impossível.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Começava a meditar nas novas tecnologia e na condição humana cria-se uma espécie de maquina de tortura nas pequenas mensagens envenenadas que se são para alguém acabam por ferir outro e que claro feriram o potencial alvejado.
E tudo se torna numa idiotice despegada o que deveria ser uma ferramenta para juntar as pessoas como dizia um ex-camarada da redacção torna-se uma fonte corrosiva.
Sonha-se na fossa que um dia que as pessoas sejam mais polidas que neste caso as maquinas não têm a culpa mas talvez eu esteja a ser sensível e tudo seja um acto de acção reacção...é que de tanto vermos algumas barbaridades começamos a ter vontade para responder de volta, mas o melhor é manter a calma pensar num céu azul que resulta sempre e mantermos-nos em paz...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Fossa de Babel Episódio 24


Estou euforicamente desanimado...uma espécie de desalento com nascente na alegria mas que logo se torna soturno. É uma coisa nornal na vida dos "bipolares" mas o meu cadastro evoluiu para a situação de "esquizoide" penso que o meu médico me autoriza a fazer aqui a actualização.
Mas doença à parte e nesta parte é comum e generalizada por toda a fossa penso que trago o coração como a bola de futebol que fiz para brincar com o meu primito de folhas de jornais e uma meia que acabou numa tina de água e terminou com a brincadeira (ainda jogamos uns bons minutos).
Estou euforicamente desanimado por ter sido levado na ingenuidade desta brincadeira que ainda vai acabar mal e que já não repõem as pessoas que gostamos e que ficaram no caminho....um desalento com nascente na alegria como um arranjo de flores que se vai embora dia passando os dias...

sábado, 21 de novembro de 2009

Anotações 010



A beleza duma maça é sempre igual não tem que estar perfeitamente envernizada numa superfície de supermercado basta colhe-la da árvore e usufruir dela sem tamanho standard ou formato xpto, sim porque até as maçãs são alvo de um processo de selecção de escolha um pouco como as pessoas. De minha parte aqui fica sejam qual forem os "toques" que sofreram na vida tento que com que sejam válidas na mesma e peço o mesmo predicado para mim ...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fossa de Babel Episódio 23


Primeiro ficam-se sem as noites. Depois fica-se com as manhãs estragadas. A náusea dos comprimidos deixam-nos agoniados com os vómitos à entrada da boca. Respira-se fundo a ver se não é desta e consegue-se desta vez. Uma pequena felicidade.
Tenho as cabeça cheia de bichos dos mais orgânicos que existem, o bicho que o melhor amigo me traiu, o bicho que a antiga mulher me traiu...e outros tantos bichos que ainda davam comigo em bicha se também não fosse uma coisa que me provoca-se náuseas iguais ás matinais.
Mas respiro fundo e tento mandar tudo isso embora e consigo até vir alguém com a conversa de novo desconfio de que para a vida toda é a sina dum condenado da Fossa. Perdes a cara vives com ela pregada na parede o resto da vida não vás tu pensar em dar a face que te comem vivo...e eu já dei.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Anotações 10



Insónia com esta chuva que não veio esta noite conto com uma do passado para me ajudar a contar...memória!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Anotações 009

As abóboras "tampam" no cimo das escadas. Os seus laranjas acendende-se um pico mais do que o resto no principio desta manhã pós-chuva.
Por entre a janela vejo a rua uma jovem senhora que cumprimenta efusivamente o cão vadio cá da mesma que lhe responde na mesma moeda como que por feliz de ter acabado a chuva e terminada a longa noite invernal.
Concentro-me mais um pouco e tomo o pequeno almoço numa "chávena vazia" de sentimentos perdidos durante a noite e vou para o compartimento do emprego que consiste em pagar a segurança social e não fazer nada o mês todo que seja potencialmente vendável, uma espécie de fabrica de lirismo.
Mas esta manhã importo-te mais com o sol a espelhar nos prédios e a sinalizar toda a cidade agora cheia de pequenos edifícios grandes na sua insignificância.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fossa de Babel Episódio 22


A chuva não vai embora quase para três dias, começo a ter as mãos ensopadas, mau para a minha constante tremideira e deslexia que não me deixa os dedos pensar.
Mais um de muitos dias de acordar sem ver as notícias ou ouvir qualquer coisa de fundo, são muitos dias prováveis de ficar sem assunto, encerrado comigo mesmo sem grandes conversas com os outros, talvez de para além de servirem de andarmos informados as notícias servem para socializarmos coisa difícil aqui na fossa onde cada orifício é uma
orelha ao serviço de Babel.
Mastigue-se então o silêncio tonificando os maxilares como um mudo aproveitando as noites para urrar que aqui por debaixo de Babel é certo que ninguém dará conta e não te sintas especial ou um montro serás mais um na madruga...

sábado, 14 de novembro de 2009

Anotações 09



O tema é o do dia ou por outras palavras é sempre actual.
Existem dias escuros....muito escuros...dias em que nem descortinamos a luz ao fundo do túnel. A vida corre mal a morte de alguém arranca-nos uma parte de nós que já tinha medo de viver e pedaço a pedaço vamos ficando um cadáver.
Depois vem a pergunta, uma no meu caso outras vezes nos casos de outras pessoas e dado esse passo parece que só o "anjo da guarda" passa a ter mão em nós e por vezes conseguimos-lhe trocar as voltas.
Existem dias tão escuros e tão frios que o único calor que se consegue é na tal luz que nos seduz cegamente no fundo do túnel... pena que seja assim.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Do mar para a lente estragada II


Desapontamentos 0022



quer tu gostes ou me proíbas
ouço o toque dessa gaita
que com o bombo a compassar
faz o meu corpo gingar
venham santos e caretos
pauliteiros a dançar
venha até a santa sé
que hoje é dia
da arrombar
venha a mini
que refresca
venha o vinho
para assentar
e por fim a aguardente
para ser mesmo de matar
e voltarmos ao principio
se a cabeça não rodar
digo isto com maneiras
não quero estragar a festa
não perco as estribeiras
não há música como está

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Anotações 08




Para um ?"gadjé"? como eu que participei apenas numa brincadeira cigana uma vez e pouco conhece das tradições do mundo cigano não deixei de achar piada a encontrar um grupo de senhoras a fazer as suas compras descansadamente num hipermercado deste país.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fossa de Babel Episódio 21

Existem dias em que rastejamos e ficamos sem o resto dos dentes quando sorrimos e os cravamos no chão. São dias pesados como chumbo com as nuvens a correrem densamente baixos sem nada a dizer e muito menos a fazer.
Melodias celtas do antigamente invadem-me a memória e sinto-me um homem perdido do passado mas achado nas estradas do presente. A vida segue porque tem que seguir, é a sua ordem vazia como este texto correu do principio para o seu fim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Anotações 07




A flora dá-me a verdade do caos que se enrola elipticamente em ondas térmicas dum por-de-sol com ninfas a banharam-se no desejo criando um céu constelar donde te resguardo.

Desapontamentos 0021


Escrevo sentado no precipício
olhando de frente o abismo
sabendo que não quero saltar
mas empurra-me o sonho de voar
Escrevo olhando o abismo
sem conseguir calar a boca
mas tenho fome de falar no silêncio
que me faz arder num incêndio
Escrevo olhando para mim
para o meu coração sozinho
vazio mas não dorido
e cravado cheio de espinhos

sábado, 7 de novembro de 2009

Desapontamentos 0020


Uma autoestrada na china
envolveu-se na mística do nevoeiro
ficou sitiada na bruma
ascendeu ao céu acima do grande pinheiro

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Fossa de Babel Episódio 20

Fossa de babel...fim de tarde vim da rua com a maquina de fazer retratos consegui um mar vermelho no Oceano Atlântico e sorrio suavemente com a chuva miudinha que começa a cair. Mas a fome chama-me a casa sacio-me um pouco alarvemente (como de uso e costume) e vim ordenar os pensamentos.
Na rua ultimamente tenho reparado em alguns casos de mulheres que levam o seu feminino ao extremo e nesta época do ano dói um pouco mais, a natureza está ao inverso, caiem as folhas e as árvores ficam despidas de sensualidade ficando apenas com os galhos abertos.
Figuras femininas que passam e levam a alegria do vinho de S.Martinho ou o frio gélido de leste numa etiqueta em que tudo parece sincronizado.
O melhor da criação a lutar entre si...Deus o espectador, o homem o expectante...fim de nota.

Desapontamentos 0019


Eras capaz de me cortar a mão por mais um poema sobre a paz? pensa no assunto...e escreve o teu

Paz onde estás?
Nos meus dias de rapaz
na casa da vida adulta
no caminho do trabalho
no subúrbio embalado
na cidade stressada
no mar encrespado
na onda perfeita
Estará em ser capaz
de saber dar
não a caridade
mas a bondade
num indicado acto
numa boa acção perfeita
Paz onde estás?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

uma casa numa árvore (trad. livre dum nick name)


Fossa de Babel Episódio 19

Venho para o teleordenardor receber estática porque realmente já não vou a lugar nenhum. Recebo o mail da Paris 17 que têm pelo menos seis ou sete perfis diferentes...já lhe atirei em jeito de piada "You have a nice "bot"!" mas ela insiste em irmos para o "quarto"...bolas que situação para alguém que abraçou quase a vida de celibatário....mas como ela vive "IN YOUR AREA" talvez a encontre por aí....brincadeirinha?
Estou muito divertido, o que não me está a agradar isto é suposto ser um blogue depressivo deve ser um resicuo de algum dos antipsicoticos que tomo que esteja a bater duma forma diferente.
Mas voltando ao principio acho que a Internet com mais recursos tem menos liberdade o que acho é que as coisas são realmente iguais mudando apenas as plataformas gráficas e algumas funções...e como dizem os Clã serão apenas "Novas Babilónias que erguem-se do pó...."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Anotações 006



O segredo da escrita é simples. Não recorre a fórmulas de Alquimia resume-se a uma fórmula mais simples é a razão da vontade de escrever ser maior do que a vergonha do mesmo acto.

SANTIAGO

Nos caminhos milenares
rondam na marcha ao toque da gaita
cavaleiros fantasmas à procura da luz
ascendendo ao grau de iluminados
rodam as damas enfeitadas com pérolas
tingindo com sorte o lençol de romã
e viver uma vida feliz para sempre

zasssssss que se fazzzzzzzzzzzzzzzz
o camiño pra Santiago
zasssssss que se fazzzzzzzzzzzzzzzz
o camiño é bravo


Nos caminhos milenares
come o pão o nobre caminheiro
na sombra encontra a paz
na beleza do carvalho
jornada após jornada
a catedral é avistada
S Tiago no proteja
sua estrela nos é dada


zasssssss que se fazzzzzzzzzzzzzzzz
o camiño pra Santiago
zasssssss que se fazzzzzzzzzzzzzzzz
o camiño é bravo

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Desapontamentos 0018

autenticidade na cidade
ruas em forma de blocos
quem é quem nesta situação
baralho dado mas com cartas marcadas
caminho sem rumo à procura do fim
sou espelho de outros e outros de mim
somos almas presas aos corpos inertes
poderíamos passar a uma plataforma celeste
astros luminosos em eixos fixantes
planetas em sistemas orbitantes distantes

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

mundo perdido


Na neblina da madrugada ouve-se o rebanho imaginário que caminha ao som da gaita de foles arriba arriba o socalco até ao sopé ver o sol raiar

Fossa de Babel Episódio 18

Chove lá fora como se a televisão estive-se avariada não sei muitobem como está o mundo mas acredito que não vale muito a pena stressar por a falta de leitura dos jornais (que faço os possíveis por não os ler numa vontade antagónica).
Apetece-me filosofar mas não tenho motivos nem motes e a minha retórica é fraca resta-me enrolar o texto em imagens que tenho em excesso. Tudo é quase transpiração ou seja exije trabalho com uns pozinhos de inspiração ensinou-me um "professor" meu.
Se alguém subi-se ao telhado e acerta-se as antenas sempre podia dizer olha liga a televisão...mas eu tenho medo de ver....televisão, goza-se com os sentimentos duma forma cruel pelo gozo da estatistica pelo gozo da imagem.