segunda-feira, 31 de agosto de 2009

arabesco 2

Sufoco na constipação
talvez um chá quente
e um biscoito
em forma de arabesco
me levassem ao verão
que começa a abrir
lá fora e ameaça ficar
na aspiral da chávena

ao universo da rua do heroísmo 336 Porto

nocturno (v)aldio





Hoje ficam as nocturnas as diurnas para a próxima

sábado, 29 de agosto de 2009

Viva babel! - que eu vivo na sua fossa

CIDADE



se comecei guerras
peço humildemente a paz!

árvore da liberdade




Mais uma árvore...esta não sei se já a vi em algum lado sinceramente....mas achei-a bonita...no futuro tentaremos trazer mais ilustração para o fossa

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

olho por olho

sempre o mar


vou sempre buscar
palavras ao mar
à sua música de embalar
ao seu perfume a maresia
se te pudesse mandar
o sol por o telefone
arderias comigo no crepúsculo
onde passa essa gaivota
planando para parte incerta
nesta hora que parece deserta

árvore

Raizes que tocam o céu
Braços que a seguram à terra
companheira de caminho
frescura que na sua sombra encerra
e é ve-las balançar nas copas
quando o vento gentilmente se faz tocar
como bailarinas em alegre folia
num transcendente rodopiar

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

FOSSA DE BABEL TV APRESENTA



AMANHECER NA FREITA

MANDALA?

ESPERA



Espero nos pensamentos com o corpo dorido de tanta ausência e ao ver passar as nuvens deste banco perdido sinto-me lento com o tempo morto do qual também se faz vida.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

cé(b)iamente



Três sombras um só caminhar
que questões celebram a vida
junto aos plátanos à beira-mar
até a questão ficar aparecida
e se mergulhar na dúvida
a qual esclarece a existência
e é na resposta assumida
que se ganha a resistência

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

inner living




PODERIA SER UMA DAS CIDADES DO ITALO CALVINO

desliga!



A ilustração é repetida as palavras não


nos monitores amplificados
circulam mensagens em stéreo
ao segundo sincronizados
voam para o espaço étereo
codificadas para o receptor
que vai ficando baralhado
com as voltas que o emissor
o qual tem controlado
mas é preciso não esquecer
de que existe sempre o botão
antes de maldizer
vá desligue a televisão

sábado, 22 de agosto de 2009

coberta


Luz da Manhã que me desperta
provocando um ligeiro cegar
mas cubro-me com a coberta
para de novo me aconchegar

Verão que enrolo da minha onça


Verão que enrolo da minha onça
e que escuto da janela quase em frente à praia.
Corpo tonto quase em caimbra anestesiado pela nicotina
que me assassina os neurónios deixando-me tonto
como o mar nas suas idas e voltas sem fim em busca do infinito.
E é aí que eu vivo nesse lugar etéreo sem forças para navegar
vendo as marés a passar corroído por uma existência
de condenado a estar preso a um lugar.
Fora eu um barco à vela soltando as mesma à bolina
fazendo das águas um espelho do ex-viver "libertino".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

tentativa de uma canção



HORAS VAZIAS

A casa vazia
sem canção nenhuma
as portas fechadas
sem visita nenhuma
as flores que murcharam
sem repor nenhuma
A vida que corre
sem pausa nenhuma
Ó longa se tornou a noite
e eu sem a vacina para tanta dor
Ó longa se tornou a noite
e eu espero a sina por um amor
A brisa que corre
sem árvore nenhuma
o gesto que é feito
sem troca nenhuma
a salitre que seca
e faz lágrima nenhuma
o poeta sem versos
sem rima nenhuma
Ó longa se tornou a noite
e eu sem a vacina para tanta dor
Ó longa se tornou a noite
e eu espero a sina por um amor

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

raizes urbanas




ok deixa-te de lirismos
é a cabeça que rebenta
neste ritmo que vai fazendo a noite
de forma violenta
são os pés que não tocam no chão
a pista está em fogo
toda gente rocka
os mc's já estão em jogo
ok deixa-te de lirismos
sabes que a noite vais ser de prata
anda salta o muro já agitas uma lata
em wild style ou talvez não
é o prazer de fazer belo um pedaço de betão
ok deixa-te de lirismos
com ou sem os códigos errados
com ou sem os mesmos dados
a vontade é manter a arte real
e não a vender ao capital

LUZ



À HORA E À LUZ CERTA como deveriam ser todas as fotografias

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ao fim da tarde


Corro lentamente na esplanada debaixo do sol, debaixo da camada de ozono furada desviando-me das pessoas em toada transpirada. E vejo as famílias a passar felizes com a luz que carregam aproveitando os dias de descanso dos deveres absorvendo esta pequena liberdade de não fazer nada. Vejo a rapariga ainda com frio que relaxa ao ler o jornal à procura de notícias talvez à procura dum ideal. Os rapazes jogam à bola numa grande algazarra vai saindo uma finta que sempre arrasa.
É toda a praia um burburinho crescente pela manhã fora diminuindo lentamente até o por-do-sol os mandar embora, que essa é a hora do silêncio vai nascer a lua até à aurora.

bbbbbbzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz




A emissão segue dentro de momentos!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

OLIVEIRAS 2




Luz quebrada pelas folhas
e o calor que derrete o chão
nós antigos no seu corpo
é assim feito o Olival
que nos dá a baga verde
que é curada durante o Verão
para em Dezembro nas candeias
acender já azeite a escuridão
e na noite de Natal
não faltar à tradição.

TRÊS TENTATIVAS GRÁFICAS DUM OLIVAL E DE OLIVEIRAS
E UM PEQUENO TEXTO ATÉ AMANHÃ

NAÇÃO GRANÍTICA


Rua húmida de granito
um pouco como o meu coração
do alto via os telhados
porto cidade a paixão
mergulhada na neblina
até vir o S.João
depois arde cosmopolita
até ao fim do verão
Mas deixa-me ó Invicta
perder-me nas tuas vielas
e esconder a minha sombra
debaixo das altas janelas
E se o rio não chegar
para o horizonte quebrar
basta segui-lo para oeste
e leva-lo até ao mar

sábado, 15 de agosto de 2009

Nómada - Para o Miguel Reis


Como o caracol
quero andar no mundo
ter casa em todos os lugares
sem ter que ir de prego a fundo
ter tempo para ver as folhas no outono a cair
e na primavera as flores silvestres a abrir
no inverno ver os flocos de neve a fluir
num rodopiar feliz no espaço livremente
como um "vagabundo" bêbado se sente

Srª da Saúde - Estas são as minhas!





sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Verão


Despertou o verão ardente
que aquece os caminhos da terra
aquece volátil como diluente
seja no mar seja na serra
e eu na preguiça descanso
o meu tropogo respirar
esperando que se torne manso
e na apneia do sono entrar

OLIVEIRAS





Já como passo por azeiteiro nada como assumir e mostrar as árvores ás pessoas

(ab)sinto

(ab)sinto vazio
num segundo fugidio
de pestana colada
o sono comanda a toada
e já pouco realmente importa
se é a questão que não presta
ou se a resposta nos detesta
(ab)sinto mal me sinto
numa espiral que me deixa tonto
vazio até ás entranhas
mas de folia rebento com a noite
por entre a multidão que me TV
"eu", já etilizado sem porquês

Cardação - pedido de desculpas à navegação

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

DE TEMPO EM TEMPO

De tempo em tempo ardo como um cigarro
planando na tarde meio desconfiado
sem pistas para seguir o silêncio
que dantes em mim encontrava
De tempo em tempo fico como aquele cortinado
a filtrar a luz das palavras duras
por ter os sentimentos amargurados
como que quando acaba um rebuçado
De tempo em tempo fico como a chuva na janela
esbarro mas não passo por ela
e tudo em mim se transforma
como uma nata sem canela
De tempo em tempo só o sol me guarda
fazendo da vida um doce espreguiçar
quando eu e a minha sombra
paramos por momentos de lutar
De tempo em tempo só o tempo me faz
fundindo-se em curva própria
apagando a memória do que vem de trás
relativizando as coisas boas e más

UM CORAÇÃO NOVO

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

húmus




Faz-me lembrar o José Vilhena não sei porquê

CITY LOST