Sufoco na constipação
talvez um chá quente
e um biscoito
em forma de arabesco
me levassem ao verão
que começa a abrir
lá fora e ameaça ficar
na aspiral da chávena
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
árvore da liberdade
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
sempre o mar
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
ESPERA
terça-feira, 25 de agosto de 2009
cé(b)iamente
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
desliga!
A ilustração é repetida as palavras não
nos monitores amplificados
circulam mensagens em stéreo
ao segundo sincronizados
voam para o espaço étereo
codificadas para o receptor
que vai ficando baralhado
com as voltas que o emissor
o qual tem controlado
mas é preciso não esquecer
de que existe sempre o botão
antes de maldizer
vá desligue a televisão
sábado, 22 de agosto de 2009
coberta
Verão que enrolo da minha onça
Verão que enrolo da minha onça
e que escuto da janela quase em frente à praia.
Corpo tonto quase em caimbra anestesiado pela nicotina
que me assassina os neurónios deixando-me tonto
como o mar nas suas idas e voltas sem fim em busca do infinito.
E é aí que eu vivo nesse lugar etéreo sem forças para navegar
vendo as marés a passar corroído por uma existência
de condenado a estar preso a um lugar.
Fora eu um barco à vela soltando as mesma à bolina
fazendo das águas um espelho do ex-viver "libertino".
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
tentativa de uma canção
HORAS VAZIAS
A casa vazia
sem canção nenhuma
as portas fechadas
sem visita nenhuma
as flores que murcharam
sem repor nenhuma
A vida que corre
sem pausa nenhuma
Ó longa se tornou a noite
e eu sem a vacina para tanta dor
Ó longa se tornou a noite
e eu espero a sina por um amor
A brisa que corre
sem árvore nenhuma
o gesto que é feito
sem troca nenhuma
a salitre que seca
e faz lágrima nenhuma
o poeta sem versos
sem rima nenhuma
Ó longa se tornou a noite
e eu sem a vacina para tanta dor
Ó longa se tornou a noite
e eu espero a sina por um amor
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
raizes urbanas
ok deixa-te de lirismos
é a cabeça que rebenta
neste ritmo que vai fazendo a noite
de forma violenta
são os pés que não tocam no chão
a pista está em fogo
toda gente rocka
os mc's já estão em jogo
ok deixa-te de lirismos
sabes que a noite vais ser de prata
anda salta o muro já agitas uma lata
em wild style ou talvez não
é o prazer de fazer belo um pedaço de betão
ok deixa-te de lirismos
com ou sem os códigos errados
com ou sem os mesmos dados
a vontade é manter a arte real
e não a vender ao capital
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Ao fim da tarde
Corro lentamente na esplanada debaixo do sol, debaixo da camada de ozono furada desviando-me das pessoas em toada transpirada. E vejo as famílias a passar felizes com a luz que carregam aproveitando os dias de descanso dos deveres absorvendo esta pequena liberdade de não fazer nada. Vejo a rapariga ainda com frio que relaxa ao ler o jornal à procura de notícias talvez à procura dum ideal. Os rapazes jogam à bola numa grande algazarra vai saindo uma finta que sempre arrasa.
É toda a praia um burburinho crescente pela manhã fora diminuindo lentamente até o por-do-sol os mandar embora, que essa é a hora do silêncio vai nascer a lua até à aurora.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
OLIVEIRAS 2
Luz quebrada pelas folhas
e o calor que derrete o chão
nós antigos no seu corpo
é assim feito o Olival
que nos dá a baga verde
que é curada durante o Verão
para em Dezembro nas candeias
acender já azeite a escuridão
e na noite de Natal
não faltar à tradição.
TRÊS TENTATIVAS GRÁFICAS DUM OLIVAL E DE OLIVEIRAS
E UM PEQUENO TEXTO ATÉ AMANHÃ
NAÇÃO GRANÍTICA
Rua húmida de granito
um pouco como o meu coração
do alto via os telhados
porto cidade a paixão
mergulhada na neblina
até vir o S.João
depois arde cosmopolita
até ao fim do verão
Mas deixa-me ó Invicta
perder-me nas tuas vielas
e esconder a minha sombra
debaixo das altas janelas
E se o rio não chegar
para o horizonte quebrar
basta segui-lo para oeste
e leva-lo até ao mar
sábado, 15 de agosto de 2009
Nómada - Para o Miguel Reis
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Verão
(ab)sinto
(ab)sinto vazio
num segundo fugidio
de pestana colada
o sono comanda a toada
e já pouco realmente importa
se é a questão que não presta
ou se a resposta nos detesta
(ab)sinto mal me sinto
numa espiral que me deixa tonto
vazio até ás entranhas
mas de folia rebento com a noite
por entre a multidão que me TV
"eu", já etilizado sem porquês
num segundo fugidio
de pestana colada
o sono comanda a toada
e já pouco realmente importa
se é a questão que não presta
ou se a resposta nos detesta
(ab)sinto mal me sinto
numa espiral que me deixa tonto
vazio até ás entranhas
mas de folia rebento com a noite
por entre a multidão que me TV
"eu", já etilizado sem porquês
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
DE TEMPO EM TEMPO
De tempo em tempo ardo como um cigarro
planando na tarde meio desconfiado
sem pistas para seguir o silêncio
que dantes em mim encontrava
De tempo em tempo fico como aquele cortinado
a filtrar a luz das palavras duras
por ter os sentimentos amargurados
como que quando acaba um rebuçado
De tempo em tempo fico como a chuva na janela
esbarro mas não passo por ela
e tudo em mim se transforma
como uma nata sem canela
De tempo em tempo só o sol me guarda
fazendo da vida um doce espreguiçar
quando eu e a minha sombra
paramos por momentos de lutar
De tempo em tempo só o tempo me faz
fundindo-se em curva própria
apagando a memória do que vem de trás
relativizando as coisas boas e más
planando na tarde meio desconfiado
sem pistas para seguir o silêncio
que dantes em mim encontrava
De tempo em tempo fico como aquele cortinado
a filtrar a luz das palavras duras
por ter os sentimentos amargurados
como que quando acaba um rebuçado
De tempo em tempo fico como a chuva na janela
esbarro mas não passo por ela
e tudo em mim se transforma
como uma nata sem canela
De tempo em tempo só o sol me guarda
fazendo da vida um doce espreguiçar
quando eu e a minha sombra
paramos por momentos de lutar
De tempo em tempo só o tempo me faz
fundindo-se em curva própria
apagando a memória do que vem de trás
relativizando as coisas boas e más
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
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