
Já não tocam as buzinas das fábricas a fossa nesta zona ficou vazia e mesmo o comboio deixou de tocar o que trazia um certo ritmo à cidade.
Estou a acordar e estou como um bloco de cimento não fluem grandes ideias apenas coisas nostálgicas do passado o que me deixa entediado.
Mas num tom marginalizado rumo ao passadiço tento evadir-me por entre as dunas cheia de plantas bem cheirosas que dão o seu tingimento ao cheiro de mar.
Caminhar implica um certo transe, uma maquinação muscular, o corpo torna-se autómato e deixa a cabeça fluir livremente ora na mecânica do passo ora na evasão figurativa.
E perco-me eu na neblina matinal por entra as montanha de areia na esperança de desaparecer com ela quando se elevar ao céu.
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