quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Fossa de Babel Episódio 6


Levo a febre da Fossa, mal consigo respirar e transpiro por todos os poros. Estou à janela do quarto que dá para uma rua caótica onde se ouvem constantemente sereias e sirenes das forças policias e dos paramédicos.
Escrevo num velho teclado oferecido em Babel que parece conhecer os meus dedos dislexicos e que por vezes escreve por mim por tanto pensar nele e penso nos dias limpos de nuvens sol brilhante da infância onde as ruas não tinham carros mas sim montes de crianças a jogar ao que fosse. Mas Babel afundou-se no orgulho motorizado onde cada pessoa tem um ou mais carros perdendo-se oportunidade de fazer uma boa rede transportes públicos(esses que tb melhorarão um pouco para não sermos pessimistas) pelo menos nas periferias essas que entopem o asfalto à procura do coração de Babel.
E assim na Fossa debaixo de Babel o problema multiplica-se, e toda gente arde na Febre corrosiva do monóxido.

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