terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Fossa de Babel Episódio 45


Manhã vazia suspenso no tédio do meu quarto parteleira. Penso nas velhas leis (mais uma vez) Olho por olho dente por dente e penso que ainda me faltam alguns dentes para ficar desdentado apesar de já gozarem com os que tenho mas sinto que não me vou dar ao trabalho de os mandar à cara de alguém.
Abandono a cama em busca dum café matinal, ainda uso uma velha máquina do sec. XX que tira um a belo café (se a qualidade for boa o que é raro aqui na fossa :) ) e na janela vejo a imensidão suburbana, selva com savana de betão e fico preso com os olhos a arder em febre à espera do chamamento dos seus ecos mas sou um homem cego. Não percebo as relações do meu tempo nem as politico-sociais nem a das pequenas relações. Mas mesmo sem as entender não deixo de me questionar, de tentar filosofar (coisa que nunca compreendi muito bem deixo-me sempre ultrapassar por o sentir ).

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