terça-feira, 30 de março de 2010

Fossa de Babel Episódio 110



Saltava junto ao rodado do camião e avançava pela estrada como se fosse ao encontro de uma coisa má, terrível até mas por outro lado o fascínio de ver o foto-atomizador ligado e resolvermos
muitos dos problemas que todos temos por diversas questões.
Muitos pensam que eu Sheng Wayne me meti nisto por dinheiro, conheço uma vida muito dura, eu sou um dos filhos da guerra anti-Babel travada no princípio do sec.XXI. Foram tempos de fome e miséria no Extremo Oriental da Fossa, existíamos muitos dado ao boom económico desses tempos e ninguém contava com a expulsão levada a cabo pelo guardiões. Pertenço desde então a uma irmandade que jurou enquanto puder que não haverá uma criança sem um brinquedo e a passar fome.
Sonho com fogueiras à noite e de adultos mais assustados que o medo e a caírem um por um até dar comigo abandonado. E o estar sozinho é isso, primeiro é indignação que ninguém apareceu para o chá, depois é a verificação que o chá está frio e que já não serve para nada isto é serve apenas de uma pequena metáfora para o terror da solidão.
Guio o camião e penso nos campos de reeducação talvez venha daí a má sensação e dou um toque nos dados que estavam pendurados no espelho que tinham uma espécie de guizos, são divertidos.Penso no meu velho mestre e numa das suas lições:
- Estrada sem direcções e um nome próprio, Antiga Errância!

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