segunda-feira, 8 de março de 2010

Fossa de Babel Episodio 92


O tecto escorre água não sei que forças me esmagam os ossos nesta manhã. Evito hoje o café e mudo para o chá orgânico da Ginger que me parece amaciar as paredes do estômago e evitar a agonia costume matinal (as mulheres até sabem umas coisas) .
Recordo os tempos em que na Fossa era obrigatório ter companheira oficial para se poder circular, assim como emprego. Tempos de sermos espezinhados e humilhados em público sempre que uma das situações falhava, comigo basicamente falhavam as duas. Mas da humilhação nasce a ranho e a baba que de tanto se engolir faz dura a maçã da garganta, e disso tudo faz-se um nada que nos afoga em frustração.
Escorre água nas paredes e como já disse o passado persegue-me e não dá tréguas, está à espreita sempre pronto a provocar a rasteira não dá tréguas nem para respirar um pouco mais fundo.

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