
São extensas como o areal simples como a lisura da sua extensão e complexas como os milhões de grãos de areia que o formam. Quem sou - um homem que persegue e é perseguido pelo passado, como se ele fosse a pulseira que me prende o pé e me faz viver a vida a conta gostas.
Para onde vou - para lado nenhum o meu futuro para já prende-se na Fossa e tão cedo e começo a desconfiar que nunca mais vejo o Sol no topo de Babel.
E o que faço aqui -faço o que gosto estando ligado ao projecto sombra mas espera-se uma resposta mais filosófica, e aqui a deixo no bloco:
Nas vertentes do abismo
seguro-me sem convicção
atrai-me a vertigem
no metal gelado hoje à decepção
não entra o beat descadenciado
não tenho receita para o sucedido
mas no ritmo desenfreado
arranjo esperança para o olhar ferido
e apesar de o sistema pensar
mais rápido do que eu raciocinar
eu sei que o bolo com a cereja
está lá para me envenenar
Conto agora as vagas harmonicamente e vejo-me com o céu espelho desse mar.
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