sexta-feira, 12 de março de 2010

Fossa de Babel Episódio 96

Tive uma noite estranha enquanto GInger dormia pacificamente ao lado eu embarcava em pequenos sonhos que me remetiam ao passado de forma cruel em quase todos. Talvez fosse resquícios da mescalina a confundirem o meu cérebro.
Ás tantas desisti de dormir e fui ao tele-ordenador rever os meus planos e escrever no meu blog:

"Sexto Dia. Não consigo dormir existe dentro de mim uma bruma que nunca senti antes. Estrelas que se apagam e constelações milenares que se esquecem perdendo-se assim a memória existencial da condição humana ou seja a parte filosófica do nosso ADN.
Hoje fujo ao sonho é uma faca que me aleija, deixando a almofada incomoda como se já não fosse a minha amiga desde criança, aquele a quem eu me abraço sem embaraço nas noites solitárias.
É neste noite que me fogem as palavras meias roubadas pelo sono meias roubadas pela vida que me revejo aqui ao espelho e sinto que ela passou estes anos sem algum sentido mas que sentido dar a uma vida de detenção onde muito pouco se pode programar."

Não era noite de escrita também, abri a janela acendi um cigarro e entupi-me exalando o seu fumo como tábua de salvação para uma noite de onde não apareceu o mar tranquilo de Morfeu.


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