
Ás tantas desisti de dormir e fui ao tele-ordenador rever os meus planos e escrever no meu blog:
"Sexto Dia. Não consigo dormir existe dentro de mim uma bruma que nunca senti antes. Estrelas que se apagam e constelações milenares que se esquecem perdendo-se assim a memória existencial da condição humana ou seja a parte filosófica do nosso ADN.
Hoje fujo ao sonho é uma faca que me aleija, deixando a almofada incomoda como se já não fosse a minha amiga desde criança, aquele a quem eu me abraço sem embaraço nas noites solitárias.
É neste noite que me fogem as palavras meias roubadas pelo sono meias roubadas pela vida que me revejo aqui ao espelho e sinto que ela passou estes anos sem algum sentido mas que sentido dar a uma vida de detenção onde muito pouco se pode programar."
Não era noite de escrita também, abri a janela acendi um cigarro e entupi-me exalando o seu fumo como tábua de salvação para uma noite de onde não apareceu o mar tranquilo de Morfeu.
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